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Como reforçar a BTID (Base Tecnológica e Industrial de Defesa Europeia)?

Como reforçar a BTID (Base Tecnológica e Industrial de Defesa Europeia)? Mesa Redonda organizada pelo EuroDefense-França

A Agência Europeia de Defesa (EDA) organizou no passado dia 1 de Fevereiro de 2007, uma Conferência sobre a Base Tecnológica e Industrial da Defesa Europeia (BTID). Para permitir à rede internacional das Associações EuroDefense dar a sua contribuição às reflexões em curso sobre esta matéria, a “Comissão Indústria” da Associação EuroDefense-França organizou em Paris, no dia 20 de Novembro de 2006, uma Mesa Redonda em que foi promovido um amplo debate sobre as hipóteses da Europa poder inspirar-se nos sucessos obtidos em outros sectores tendo em vista o reforço da BTID.

Assistiram a esta Mesa Redonda cerca de setenta membros da “Comissão Indústria” do ED-França e participaram como convidados, além das individualidades que constam do programa, representantes das Associações EuroDefense do Reino Unido, dos Países Baixos, da Espanha e de Portugal (TGen Eduardo Mateus da Silva).

Para além de duas exposições introdutórias, o programa foi organizado à volta de dois painéis de intervenção e debate. O primeiro painel, intitulado “Dinâmica da construção da BTID”, tratou sobretudo da I&T e das contrapartidas. A importância da I&T para o futuro da BTID foi apresentada por Philippe Roger, VP Sénior de Thales, e o impacto das contrapartidas foi apresentado por Henri Conze, antigo Delegado Geral de Armamento. Em termos gerais:

  • foi salientada a importância da I&T para a BTID e a necessidade de aumentar o investimento, evitar duplicações, coordenar a sua execução e aumentar a cooperação internacional;
  • foi salientado o mérito e a importância da AED ao juntar as capacidades, a I&T, a indústria, o mercado e finalmente a avaliação dos resultados;
  • considerou-se que as contrapartidas representavam um sobrecusto e que os resultados positivos eram escassos, embora em alguns casos tenham aberto portas ao estabelecimento de parcerias e a transferências de tecnologia que permitiram reforçar a BTID de alguns países;
  • considerou-se que, para o reforço da BTID, era essencial o reforço das parcerias, embora não esquecendo a necessidade de competitividade e foi referido que o Reino Unido tinha estabelecido regras nesse sentido;
  • considerou-se essencial o lançamento comum de grandes programas, nos quais a indústria de vários países possa participar, embora se considere que a participação de um número muito grande de indústrias pode conduzir ao bloqueamento dos programas.

Durante este primeiro painel o TGen Mateus da Silva teve a oportunidade de fazer uma intervenção (ver texto).

O segundo painel, intitulado “Mecanismos a prever para a elaboração e o financiamento dos programas de Investigação, Tecnologia e Desenvolvimento”, tratou das experiências ACARE e ESRAB e da forma como o domínio da defesa pode beneficiar dessas experiências, assunto que foi apresentado por Jean-Paul Herteman, VP Sénior de Safran.

O ACARE – “Advisory Council for Aeronautical Research in Europe” encontra-se numa fase difícil onde vários subgrupos estavam a ser financiados principalmente pela indústria. No entanto, o VII Programa Quadro, ao abrir novas áreas temáticas (espaço e segurança), vai contribuir para aumentar o esforço de I&T nesta área.

O ESRAB – “European Security Research Advisory Board” apresentou um relatório sobre as áreas e as prioridades onde devem incidir os projectos de I&T na área da Segurança, para aproveitar a nova área temática do VII Programa Quadro, onde vão ser investidos 1 400 M € no período 2007-2013.

O ACARE e o ESRAB correspondem a áreas de I&T que não incluem a Defesa mas, tendo em conta a afinidade existente entre elas, podem contribuir muito para o reforço da BTID.

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